TEMPLO DE JERUSALÉM. TUDO INDICA A SUA CONSTRUÇÃO
O
Monte Moriá ou Monte do Templo, onde se encontra o Domo da Rocha, é o
lugar original do Templo de Jerusalém, o qual 64% dos judeus
israelenses, segundo pesquisa recente, desejam ver
reconstruído. Instituto do Templo e outros grupos de judeus ortodoxos já
têm todos os 102 artigos do Templo prontos para começar a reconstrução.
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Candelabro do terceiro Templo já está pronto e à mostra no Instituto do Templo
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As
profecias bíblicas relacionadas ao final dos tempos falam do Templo de
Jerusalém como uma realidade no período da Grande Tribulação e do
Milênio (período de mil anos em que Cristo reinará com Sua Igreja sobre a
Terra). Mas, o Templo, sabemos, não foi ainda reconstruído. Porém,
quase todos os passos que precisavam ser dados para que isso acontece já
são realidade. Se não, vejamos.
Em
primeiro lugar, para o Templo ser reconstruído, seria necessário Israel
voltar a existir como uma nação, o que ocorreu em 1948. Em segundo
lugar, seria necessário a reconquista da cidade de Jerusalém, o que
também já aconteceu, em 1967. Em terceiro lugar, seria necessário ainda
que todos os utensílios do Templo fossem restaurados. E isso já está
acontecendo. Ou melhor, os utensílios já estão praticamente concluídos.
A
primeira vez que o assunto reconstrução do Templo chamou a atenção da
mídia mundial foi em 1989, quando a revista norte americana Time, em sua
edição de 16 de Outubro de 1989, cuja matéria de cara era intitulada
"Time for a New Temple? ("Tempo para um Novo Templo?"), apontava o
desejo crescente entre os judeus ortodoxos em Israel de ver o Templo de
pé mais uma vez. Por essa época, dava seus primeiros passos o chamado
Instituto do Templo.
Erguido
na Cidade Velha de Jerusalém, o Instituto do Templo tem se dedicado com
afinco, durante as últimas duas décadas, aos preparativos para a
reconstrução do Templo, chegando hoje praticamente ao final dessa
preparação, em mais um sinal evidente da proximidade da Segunda Vinda de
Jesus. Em seus pouco mais de 20 anos de existência, o Instituto já
recriou o candelabro do Templo (Menorah),
a um custo de 3 milhões de dólares, além de harpas, altares,
recipientes para incenso e as roupas dos sacerdotes, tudo
meticulosamente igual à descrição bíblica desses artigos. Ao todo, são
102 os utensílios necessários para os rituais do Templo; e hoje todos
eles - isso mesmo: todos - já estão prontos. O último passo será a busca
de restos (cinzas, por exemplo) das novilhas vermelhas, uma espécie de
novilha em extinção que, sendo um animal kosher (puro),
era usado no ritual de purificação dos sacerdotes antes de adentrarem o
Templo de Jerusalém, segundo o texto de Números 19.
O
objetivo dos judeus ortodoxos ligados ao Instituto é clonar a novilha
vermelha a partir dos restos que eventualmente possam ser encontrados
para que, após a reconstrução do Templo, os sacerdotes já estejam
ritualmente prontos para servir. Ou seja, até os avanços recentes na
área de genética favoreceram os planos e a fé daqueles que têm se
dedicado à reconstrução, e que, inclusive, já elaboraram uma lista de
judeus que são provavelmente descendentes de Levi, conforme estudo
meticuloso da árvore genealógica de milhares de judeus, para exercerem a
função de sacerdotes. Muitos deles já estão de sobreaviso e totalmente
integrados ao projeto.
O
rabino Yisrael Ariel, fundador do Instituto e considerado um dos
maiores especialistas no mundo em rituais do Templo de Jerusalém, afirma
que a função do Instituto sempre foi e será "dedicar-se à recriação de
artefatos usados no Templo não apenas como um exercício histórico, mas
como uma maneira de se preparar para sua reconstrução". Algumas das
últimas recriações do Instituto são surpreendentes e realçam sua
dedicação. Em dezembro de 2007, por exemplo, o Instituto anunciou a
conclusão da confecção do candelabro e da coroa de ouro maciço que a
Bíblia diz que o sumo sacerdote levava no cumprimento dos seus deveres
no Templo. De acordo com a agência de notícias israelenses Israel National News,
os artistas que trabalharam na coroa e no candelabro seguiram
escrupulosamente, durante mais de um ano, as instruções registradas na
Bíblia hebraica e as informações sobre a coroa e o candelabro gravadas
em antigas fontes históricas para chegar ao formato final nos dois
artigos, que são considerados hoje absolutamente fidedignos aos
originais.
Pedra Angular do Templo
Mas, não são apenas os centenas de rabinos do Instituto do Templo que têm se dedicado aos preparativos para a reconstrução. Outros grupos judeus ortodoxos relacionados também manifestam-se nesse sentido. Em 21 de Maio deste ano, por exemplo, um grupo de judeus denominado "Movimento de Fidelidade à Terra de Israel e ao Monte Templo" (Temple Mount and Land of Israel Faithfull Movement) realizou uma passeata em Jerusalém deslocando uma pedra de quase quatro toneladas que é considerada por alguns judeus ortodoxos a pedra angular para a edificação do terceiro Templo de Jerusalém.
Mas, não são apenas os centenas de rabinos do Instituto do Templo que têm se dedicado aos preparativos para a reconstrução. Outros grupos judeus ortodoxos relacionados também manifestam-se nesse sentido. Em 21 de Maio deste ano, por exemplo, um grupo de judeus denominado "Movimento de Fidelidade à Terra de Israel e ao Monte Templo" (Temple Mount and Land of Israel Faithfull Movement) realizou uma passeata em Jerusalém deslocando uma pedra de quase quatro toneladas que é considerada por alguns judeus ortodoxos a pedra angular para a edificação do terceiro Templo de Jerusalém.
O
dia 21 de Maio foi escolhido para a realização da passeata porque é o
"Dia de Jerusalém" em Israel, data em que os judeus celebram a vitória
na Guerra dos Seis Dias, quando Israel reconquistou Samaria, Judéia,
Gaza, os Montes de Golan e Jerusalém. Durante a passeata com a pedra de
esquina que provavelmente suportará a edificação do Templo, o grupo do
"Movimento de Fidelidade à Terra de Israel e ao Monte do Templo"
protestou em frente ao Consulado dos Estados Unidos por causa da
política para o Oriente Médio adotada pelo atual presidente
norte-americano, Barack Hussein Obama, que quer dividir a cidade de
Israel, estabelecendo a capital do Estado árabe dentro de Israel. Em
frente ao Consulado, a multidão bradava: "Tirem as mãos da Terra de Deus
e do povo de Israel e de Jerusalém!". Ao chegar no portão de Jaffa, na
cidade velha de Jerusalém, o grupo de fiéis dançou e tocou trombetas de
prata declarando seu amor a Jerusalém.
O
grupo dos Fiéis do Monte do Templo é liderado pelo rabino Gershon
Salomon, que já afirmou em entrevista ao arqueólogo norte-americano e
cristão Randall Price (autor de Arqueologia Bíblica, CPAD) nos anos 90 o
que se segue: "Creio
que a reconstrução do Templo é a vontade de Deus. O Domo da Rocha deve
ser retirado. Devemos, como sabem, removê-lo. E hoje temos todo o
equipamento para fazer isso, pedra por pedra, cuidadosamente,
embalando-o e enviando-o de volta para Meca, o lugar de onde veio. (...)
No dia certo - creio que em breve - essa pedra [de esquina] será
colocada no Monte Templo, trabalhada e polida. Será a primeira pedra
para o terceiro Templo. A pedra não está longe do Monte Templo, mas bem
perto das muralhas da Cidade Velha de Jerusalém, perto da Porta de
Shechem. Dessa pedra se pode ver o Monte Templo. Mas, o dia está próximo
em que essa pedra estará no lugar certo. Pode ser hoje ou amanhã, mas
estamos bem pertos da hora certa".
Já
há alguns anos que Gershon Salomon tem incentivado rabinos a Já
realizarem sacrifícios próximos ao Monte Moriá, isto é, o Monte do
Templo. Na Páscoa de 1998, rabinos judeus realizaram um sacrifício de um
animal no Muro Ocidental, que pode ter sido o primeiro sacrifício
animal realizado no local do Templo desde 70d.C., quando Jerusalém foi
destruída pelos exércitos romanos. Em 4 de Abril de 1999, o próprio
Gershon Salomon tentou realizar um sacrifício sobre o Monte do Templo,
mas foi frustrado. E em Abril de 2008, rabinos em Israel afirmaram que
estão se preparando para realizar alguns sacrifícios de animais, num
lugar bem próximo ao Monte do Templo. Mais de um ano depois, ainda não
os fizeram, mas eles têm se mostrado insistentes na idéia de fazê-los
futuramente, o que para os árabes palestinos serão considerados atos
muito provocativos.
Outro
grupo é o Ateret Cohanim, que fundou uma yeshiva (escola religiosa)
para a educação e o treinamento dos sacerdotes do Templo. O objetivo
dessa organização judaica liderada por rabinos é pesquisar os
regulamentos levíticos e treiná-los para um sacerdócio futuro no
terceiro Templo.
Enquanto
isso, todos os dias, três vezes ao dia, judeus ortodoxos oram diante do
Muro das Lamentações pedindo a Deus para que o Templo seja
reconstruído. Dizem as preces, quase em uníssono: "Que a Tua vontade
seja a rápida reconstrução do Templo em nossos dias....".
O
respeitado rabino Chaim Richman, diretor internacional do Instituto do
Templo, é apontado como o mais provável a assumir a função de sumo
sacerdote logo após a reconstrução; ele também liderará o Sinédrio, cujo
lista de futuros membros, preparada por rabinos, já está pronta
Oposição Palestina
Adnan Husseini, conselheiro do presidente palestino Mahmoud Abbas em questões relativas a Jerusalém, critica a existência do Instituto do Templo e seu projeto, que denomina "provocação". "Se eles falam de construir o Templo, o que isso significa? Significa destruir mesquitas islâmicas. E se eles o fizerem, ganharão 1,5 milhão de inimigos. É o desejo de Deus que esse seja um local de adoração islâmico e eles devem respeitar isso", afirma Husseini.
Adnan Husseini, conselheiro do presidente palestino Mahmoud Abbas em questões relativas a Jerusalém, critica a existência do Instituto do Templo e seu projeto, que denomina "provocação". "Se eles falam de construir o Templo, o que isso significa? Significa destruir mesquitas islâmicas. E se eles o fizerem, ganharão 1,5 milhão de inimigos. É o desejo de Deus que esse seja um local de adoração islâmico e eles devem respeitar isso", afirma Husseini.
Em
resposta, os rabinos do Instituto do Templo declaram que não têm
projetos nenhum de destruição das mesquitas até porque a maioria dos
rabinos ortodoxos crê, à luz das profecias da Bíblia hebraica, que a
reconstrução do Templo será um ato do próprio Deus, ato este que só será
realizado, afirmam, "quando chegar o tempo em que o Senhor achar os judeus merecedores do Templo mais uma vez". Eles destacam ainda que os preparativos são apenas uma demonstração de fé nas profecias.
Entretanto,
apesar de não haver mesmo por parte do Instituto do Templo nenhum
planejamento em andamento para a destruição das mesquitas que se
encontram hoje no Monte do Templo, o rabino Chaim Richman, diretor
internacional do Instituto (e forte candidato a assumir a função de sumo
sacerdote do Templo), e que já foi entrevistado do jornal Mensageiro da
Paz há alguns anos, declarou em dezembro de 2007 que a tarefa do
Instituto nos próximos anos será "completar
o projeto arquitetônico para o terceiro Templo, incluindo as projeções
dos custos e os esquemas e detalhes das partes elétricas e das
canalizações", informação publicada nos jornais israelenses e que deixou os palestinos irados.
Para
esquentar mais o clima, em outubro deste ano, o Comitê para a
Monitoração Árabe acusou Israel de estar fazendo escavações
arqueológicas por baixo do Monte Templo, o que os israelenses negam. "Essas
acusações são uma perfeita mentira. Alegar que os judeus andam
escavando por baixo do Monte do Templo é como dizer que o dia é noite",
afirmou o rabino Shamuel Rabinovitz, responsável por cuidar do Muro das
Lamentações. Seja como for, uma pesquisa recente mostrou que 64% dos
judeus israelenses desejam, contanto que seja possível, ver o Templo
reconstruído.
Seja
verdadeira ou não a denúncia das escavações, certo é que a conclusão
dos preparativos para a reconstrução demonstram que a restauração dos
rituais do Templo no final dos tempos, conforme as profecias bíblicas
asseveram, não está longe da sua concretização. Muito ao contrário. É
uma questão de tempo. E, ao que tudo indica, muito pouco tempo.
POR WALLACE OLIVEIRA CRUZ RODRIGUES MOURA / SERVO DEVEDOR
Fonte: Mensageiro da Paz, Dezembro 2009
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