AS ALIANÇAS DE DEUS

As Alianças de Deus
Pr Airton Evangelista da Costa
Aliança
significa pacto, acordo, ajuste, concerto. Teologicamente, diz respeito
a concerto entre Deus e o seu povo. O Antigo Testamento é chamado
Antiga Aliança, e o Novo Testamento, Nova Aliança. O nosso Deus é Deus
de alianças. Através delas, Ele, pelo seu imenso amor, nos dá a
garantia de muitas bênçãos, se houver fé e obediência. A iniciativa do
concerto sempre foi de Deus, que estabelece as condições. Vejamos:
CONCERTO COM ADÃO
A
primeira aliança Deus fez com Adão e Eva, no Éden: deu-lhes a Terra e
pleno domínio sobre os animais; deu-lhes fartura de alimento,
abençoou-os e disse-lhes que deveriam frutificar e multiplicar. Mas
estabeleceu condições: Não deveriam comer do fruto da árvore da ciência
do bem e do mal. O princípio da obediência estava criado. Se comessem da
árvore proibida, morreriam. Desobedeceram, quebraram a aliança, e
experimentaram imediatamente a morte moral e espiritual, e, depois, a
morte física. Convém lembrar que em todos os concertos há promessas de
bênçãos, mas há a contrapartida da fé e fiel obediência. (Gênesis
1.27-30; 2.16-17; 3.2-20). Aliança adâmica ou edênica é como é conhecida
a aliança com Adão.
CONCERTO COM NOÉ
Após
o dilúvio, do qual se salvaram Noé e sua família, num total de oito
pessoas (Gênesis 7.13), Deus falou: "Convosco estabeleço o meu concerto,
que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não
haverá mais dilúvio para destruir a terra". Como sinal perpétuo dessa
aliança Deus deixou o arco sobre as nuvens, conhecido como arco-íris.
(Gênesis 9.11-17). Chamada aliança noética.
CONCERTO COM ABRAÃO
O
concerto entre Deus e Abraão - aliança abraâmica - foi chamado
"concerto perpétuo", porque extensivo às gerações vindouras e já
apontando para o Reino Eterno de Cristo (Gênesis 17.7). Como parte da
aliança Deus prometeu fazer de Abraão uma grande nação, e abençoar todas
as famílias da terra através dele (Gn 12.2-3); dar a terra de Canaã
aos seus descendentes, que seriam grandemente multiplicados: "E te
farei frutificar grandissimamente e de ti farei nações, e reis sairão de
ti" (Gn 12.7,15; 13.16; 15.5; 17.2,6,7,8,9). O concerto foi feito com
Abrão, nome mudado por Deus para Abraão (pai da multidão) (Gn 17.39).
Como parte da aliança, Abraão deveria circuncidar todos os machos,
filhos e servos sob sua autoridade, como selo do conserto, e de
aceitação de Deus como Senhor (Gn 17.10-14, 23). Deus prometeu estender a
aliança a Isaque, o filho da promessa que iria nascer (Gn 17.16,19).
CONCERTO COM ISAQUE
Os
termos da aliança foram renovados em Isaque: "Serei contigo e te
abençoarei... multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e
darei à tua semente todas as terras. E em tua semente serão benditas
todas as nações da terra. Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas,
porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente
por amor de Abraão, meu servo" (Gn 26.2-5,24).
CONCERTO COM JACÓ
"Eu
sou o SENHOR, o Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaque. Esta terra
em que estás deitado te darei a ti e à tua semente. E tua semente será
como o pó da terra... e em ti serão benditas todas as famílias da terra"
(Gn 28.13-14). As alianças de Deus com seu povo provam que Ele é fiel à
sua palavra. Para recebermos as bênçãos prometidas, fé e obediência são
indispensáveis.
CONCERTO COM OS ISRAELITAS
Passados
uns três meses da saída do Egito, Deus falou ao seu povo através de
Moisés, ao sopé do monte Sinal (Horebe), para, basicamente, renovar e
relembrar os termos do concerto com Abraão, Isaque e Jacó: a) a terra
de Canaã seria deles; b) Deus seria o único Deus de Israel; o povo
assumiria o compromisso de guardar suas leis e mandamentos; c) seriam
castigados em caso de desobediência (Êxodo 6.3-8; 19.4-6; 23.20-25). Uma
promessa que deve ser guardada no coração: "Agora, se diligentemente
ouvirdes a minha voz, e guardardes a minha aliança, sereis a minha
propriedade peculiar dentre todos os povos...vós me sereis reino
sacerdotal e nação santa" (Êx 19.5-6). O pacto foi fechado quando o povo
declarou: "Tudo o que o Senhor falou, faremos" (Êx 24.3). Deus requer
de nós o firme propósito de acatarmos os termos de sua aliança. As leis
que deveriam ser obedecidas eram a lei moral (aqui incluídos os Dez
Mandamentos), a lei civil, a lei cerimonial.
RENOVAÇÃO DA ALIANÇA NAS PLANÍCIES DE MOABE
Antes
da entrada na terra prometida, e após percorrerem o deserto durante 39
anos, os termos do concerto foram relembrados. A finalidade era de dar
conhecimento das promessas divinas aos que nasceram durante a
peregrinação, e fortalecer espiritualmente o povo para enfrentar o
desafio conquistar a nova terra (Deuteronômio 4.44-26.19; 31.1-33.29).
Os capítulos 27 e 28 tratam das maldições e das bênçãos decorrentes da
rebeldia ou da obediência. CONCERTO COM DAVI - O resultado mais
imediato da aliança davídica foi o estabelecimento do reino do filho de
Davi, Salomão, que deveria edificar um templo para o Senhor (2 Samuel
7.11-13); o reinado de Davi passaria aos seus descendentes: "Fiz aliança
com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi: a tua descendência
estabelecerei para sempre e edificarei o teu trono de geração em
geração" (Salmos 89.3-4). A condição para o cumprimento dessas bênçãos
seria a fiel obediência de Davi e de seus descendentes. A vinda de um
Rei messiânico e eterno, da linhagem de Davi, estava implícito nesse
concerto (Isaías 9.6-7). "Do trono de Jessé brotará um rebento, e das
suas raízes um renovo frutificará (Isaías 11.1; Miquéias 5.2-4). Esse
novo Rei seria chamado "O SENHOR, Justiça Nossa" (Jeremias 23.5-6).
A NOVA E ETERNA ALIANÇA EM CRISTO
A
promessa de uma nova aliança está em Jeremias 31.31-33: "Vêm dias, diz o
Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa
de Judá... porei a minha lei no seu interior, e as escreverei no seu
coração. Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo." A nova aliança
foi selada com o sangue de Jesus, com seu sacrifício voluntário, com sua
morte expiatória: "Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que é
derramado por muitos, para remissão de pecados" (Mateus 26.28). A nova
aliança é superior à antiga: "Mas agora alcançou ele ministério tanto
mais excelente, quanto é mediador de UM MELHOR CONCERTO, que está
confirmado em melhores promessas" (Hebreus 8.6). E as melhores promessas
são: os que se arrependem têm seus pecados totalmente perdoados
(Hebreus 8.12); um novo coração e uma nova natureza recebem aqueles que
verdadeiramente amam e obedecem a Deus (Ezequiel 11.19-20); são
recebidos como filhos de Deus (Romanos 8.15-16); têm experiência maior
em relação ao Espírito Santo (Joel 2.28; Atos 1.5,8).
Como
vimos, de aliança em aliança Deus prosseguiu na execução do seu plano
de salvação dos homens, sempre oferecendo novas oportunidades. A
primeira manifestação desse plano está em Gênesis 3.15: "E porei
inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e o seu
descendente; este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar."
Para isso, "Deus mandou o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."(João 3.16). Já não é
mais necessário sacrifício de animais para reparar nossas culpas, como
no antigo concerto. O sangue do "Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo" manifestou-se por um ato único, perfeito e eficaz; o sacrifício
voluntário de Jesus Cristo abriu o caminho da reconciliação do pecador
com Deus.
“A aliança com Deus custou-me a vida”
Fonte: www.secrel.com.br



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