Carnaval...festa do logro!!!
O carnaval é uma festa profana criada desde a Antiguidade, de acordo com historiadores esta festa é destinada a celebração, veneração e adoração de deuses gregos, especialmente Baco, o deus do vinho e da embriaguez. A origem da palavra carnaval é carrum navalis (carro naval). Essa etimologia, entretanto, já foi contestada. Atualmente a mais aceita é a que liga a palavra "carnaval" a carne vale, ou seja, adeus à carne, uma espécie de último momento de alegria e festejos profanos antes do período triste da quaresma,carnaval também pode ser definido como; folguedo; orgia.
Em outras palavras, faz-se tudo que a carne quer e deseja o que inclui drogas, prostituição, adultérios, encontros irresponsáveis e fortuitos, álcool a ponto de embriagar e levar o indivíduo a brigar, matar e destruir-se, depois põe um pouco de cinzas a testa e já esta tudo bem. Quando o cristianismo chegou já encontrou esta festa, dita orgiástica, no uso dos povos. Pelos seus caracteres libertinos e pecaminosos, foi a princípio condenada pela Igreja Católica. Porém, em 590 d.C. ela própria oficializou o carnaval dando origem ao “carnaval cristão”, quando o Papa Gregório I, o Grande, marca definitivamente, a data do carnaval no calendário eclesiástico. A partir de então, a Igreja tolerou melhor a festa e até passou a estimulá-la. Com o Papa Paulo II (1461-1471) foi organizada a festa de carnaval, com a promoção de corridas de cavalos, anões e corcundas, lançamentos de ovos, etc. Em 1582, o Papa Gregório XII promoveu a reforma do calendário Juliano, passando a se chamar Juliano Gregoriano, em uso até hoje pelos católicos, e estabeleceu em definitivo as datas do carnaval. Nos períodos de repressão pela Igreja, a festa do carnaval sempre acontecia, quando os noviços organizavam a “festa dos bobos” em 28 de dezembro.
Embora muitos Papas tenham estimulado esses festejos, outros o combateram vivamente como Inocêncio II.Esta festa pagã acontece todos os anos no mês de fevereiro, em todo o mundo. Constitui-se a época de mais uma celebração de inspiração satânica, apresentando-se como uma manifestação que dilacera a espiritualidade.São quatro dias ao som de ritmos frenéticos e alucinantes, regados a bebida alcoólica e à prática do sexo sem limites, pois o culto a sensualidade já traça o compasso de espera e é a marca registrada dos participantes que enchem ilusoriamente seus corações, numa prática que, neste espaço de tempo, cedem, sem nenhum temor a Deus, as suas luxúrias, na ignorância de que na quarta-feira, confessando seus excessos pecaminosos, através da figuração das cinzas, serão de seus pecados perdoados, como se Deus tivesse permitido, dado o seu aval para outros deuses serem venerados e adorados nesta ocasião.
“os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita a lei de Deus. De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne, porque se viverdes segundo a carne morrereis, mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.”(Rom. 8:5-8, 12-14)
Quando pensamos o que Deus requer do homem, imaginamos um código de ética, a observância de leis e regras de comportamento que estabeleçam os limites entre o bem e o mal. Entretanto, Jesus em seu diálogo com o Pai rompe nossos paradigmas e proclama eloquentemente que o homem pode sair das vias da carnalidade e tomar a avenida da espiritualidade através de um coração aberto e sem reservas para Deus. O homem foi criado por Deus para a vida, com vínculo direto com Ele, através da comunicação entre o seu espírito e o Espírito Santo. Porém, no momento do pecado, este vínculo é quebrado, abrindo-se um espaço para a ação do mal, ou seja, doenças opressoras, depressão, sentimento de culpa, ira, remorso, dor, tristeza e todos os males, até endemoniamento,a depender do caso.
O verdadeiro cristão é um servo. Ser servo não é um título que se ganha, mas sim um estilo de vida de entrega total como Jesus ensinou em Mt 20:28 “... O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos”. O servo deve revitalizar este vínculo a cada manhã, gerando vida e impedindo que ele seja anulado pelo pecado. Pois a exemplo de Zaqueu em Lc 19:1,10, um pequeno homem com uma grande visão, cada cristão deve olhar na direção certa enxergando muito além dos limites carnais que tiram nossa visão, mas subindo bem alto para ver o Cristo ressuscitado. A Deus se serve por amor, por privilégio e por responsabilidade.
Deus nos chama para sermos restauradores de brechas. Em Is 58: 6-12 constatamos isso: “E os que de ti procederem edificarão os lugares antigamente assolados; e levantarás os fundamentos de geração a geração, e chamar-te-ão reparador das roturas e restaurador de veredas para morar”.Vê-se nos últimos dias o Espírito Santo despertando a igreja para um real encontro com Deus, gerando em todos os seus filhos um profundo desejo de experimentar a intimidade com o Pai.
“Ora, sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, a esse ouve”; e por fim, adorar é servir ofertando a Ele toda nossa potencialidade, capacidade, inteligência, energia, experiência e dedicação. Servir como reconhecimento da transformação que Ele operou em nossa vida. A santidade de Deus nos estimula a obedecê-lo, pois em I Pedro 1:16 temos: “sede santos, porque Eu Sou Santo”.(João 9:31) Portanto, esta é uma época em que o crente deve se despir de toda vontade própria para morrer com Cristo para o mundo e ressuscitar com Ele para uma nova vida, para servi-lo em espírito, com sacrifícios agradáveis a Ele.
Pr.Erinaldo Rocha
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